sexta-feira, 24 de março de 2017

QUE VAZAMENTO É ESSE?

Vazamento. Esta palavra te lembra do quê? Um cano da Sabesp? Um cano na parede? Uma mangueira no carro? A torneira? Um absorvente higiênico?

Sem dúvida, para as mulheres, o mais constrangedor é este último. A vítima, avisada pelo (a) envergonhado (a) observador (a), sai de cena rapidamente para tomar suas providências. Feito isso, da melhor forma possível, mediante o imprevisto da situação, resta-lhe aguardar o momento e o local apropriado para apagar da roupa e da mente o ocorrido. 

Desde 2015, o que mais se ouve falar é nesse tal “vazamento” de informações. Na minha casa damos esse nome para a milenar pratica da fofoca. Do falar da vida alheia. Do leva e traz. Do disse me disse. Do acho quê. Pois é, é tudo derivação da mesma coisa.

Mas na mídia o nome dado é “exclusividade” ou furo de reportagem. Essa sede de “informar” matou a princesa Diane e a menina Eloá. Derrubou presidentes. Destruiu casamentos, levou á falência escolas e instituições, transformou em um inferno a vida de celebridades (vide o cantor Vitor) e desconhecidos, antes mesmo de se apurar os fatos. Por outro lado, muitos querem “ser” notícia, adoram coletivas e notinhas anônimas (com nome e assinatura). São as fontes dos “vazamentos”.

Na sexta-feira passada essa prática vazamentícia (palavra minha) mandou as vacas do país para o brejo, elas e todas as proteínas animais. Para tirá-las deste buraco vai ser muito difícil tendo em vista a moral brasileira estar mais suja que pau de galinheiro aos olhos do mundo.


Durma-se com um barulho desses!