Vazamento. Esta palavra te lembra do quê? Um cano da
Sabesp? Um cano na parede? Uma mangueira no carro? A torneira? Um absorvente
higiênico?
Sem dúvida, para as mulheres, o mais constrangedor é este último.
A vítima, avisada pelo (a) envergonhado (a) observador (a), sai de cena
rapidamente para tomar suas providências. Feito isso, da melhor forma possível,
mediante o imprevisto da situação, resta-lhe aguardar o momento e o local
apropriado para apagar da roupa e da mente o ocorrido.
Mas na mídia o nome dado é “exclusividade” ou furo de
reportagem. Essa sede de “informar” matou a princesa Diane e a menina Eloá. Derrubou
presidentes. Destruiu casamentos, levou á falência escolas e instituições, transformou
em um inferno a vida de celebridades (vide o cantor Vitor) e desconhecidos,
antes mesmo de se apurar os fatos. Por outro lado, muitos querem “ser” notícia,
adoram coletivas e notinhas anônimas (com nome e assinatura). São as fontes dos
“vazamentos”.
Na sexta-feira passada essa prática vazamentícia (palavra
minha) mandou as vacas do país para o brejo, elas e todas as proteínas animais.
Para tirá-las deste buraco vai ser muito difícil tendo em vista a moral
brasileira estar mais suja que pau de galinheiro aos olhos do mundo.
Durma-se com um barulho desses!
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